quinta-feira, 4 de março de 2010

DIÁLOGO COM A CONSCIÊNCIA



Há tempos atrás se contava com o ensino religioso nas escolas, recentemente foi retirado da grade curricular sem nenhuma explicação e introduzido eixos temáticos considerados muito importantes para a formação do individuo. Será mesmo que qualquer eixo é mais determinante para uma educação libertadora voltada para a fraternidade e a justiça do que o ensino religioso?

Era prática das escolas usarem este componente para complementar a carga horária dos professores no inicio do ano letivo. De que forma era ensinada não se sabe, o importante é que o jovem e o adolescente ouviam falar de Deus pelo menos uma vez por semana. Atualmente os nossos jovens estão ouvindo falar de outros “deuses” canta-se vou buscar Dalila... (apologia as drogas), eu sou o lobo mau vou te comer... (apologia a pedofilia), ela vai de saia e bicicletinha... (apologia a prostituição), e tantos outros dizeres que denigrem a imagem feminina e desvia o caráter e o comportamento da juventude. Estes são alguns “deuses” oferecidos pelo mundo e cultuados pelos jovens, que apesar de tudo isso, estão sedento de amor e de libertação dados por Jesus Cristo.

Em uma época pós moderna de globalização, de avanço tecnológico em que as redes se cruzam cotidianamente em favor da evolução nos deparamos frequentemente com o abate humano, jovens são tombados e ainda o ensino religioso é coisa do passado. Retira-se do currículo a palavra de Deus e petrifica ainda mais o ser humano.

O que se vive e se aprende na Escola não pode ser reduzido nem ao currículo nem as competências, mas acrescentar o amor, a compreensão, a fraternidade e o compromisso de educar a exemplo do maior mestre de todos os tempos. Ele não precisava registrar matérias, não se desesperava como conteúdo a ser ministrado nem com a forma de avaliação ele sabia o que queria: construir a civilização do amor. Ele formava pessoas melhores. Ninguém foi obrigado a segui-lo, não havia lista de presença e mesmo assim a multidão se encantava com seus ensinamentos-ele tinha o que dizer e acreditava no que dizia, por isso foi tão marcante. Por que ninguém avalia os sentimentos, as relações, as descobertas, nem o aprender sobre si mesmo, o mundo e os outros?

É preciso refletir sobre a educação atual, em que o homem é tratado como mero produto de práticas sociais servindo para elevar as estatísticas de ações governamentais atreladas ao sucesso das campanhas políticas. É preciso desenvolver projetos em que o homem seja protagonista da paz.

Cecília Meireles no poema Elegia sobre a morte de Gandhi, diz que ele construía “diques de paz”. É com este sentimento que as escolas podem adotar uma cultura de paz e o exercício da cidadania baseando-se nos preceitos do evangelho. Jesus cristo está disponível para entrar na vida dos alunos e cabe a nós professores cristãos apresentar o cristo aos nossos alunos formando assim uma legião de construtores de “diques de paz”. Em tempos de conflitos e violência a escola precisa mudar e não pode mudar sozinha. Ela está intimamente ligada a nós educadores que somos agentes de transformação e podemos humanizá-la com a força da nossa fé em Jesus ressuscitado.

Gandhi era indiano tinha a sua cultura própria, mas, acreditava no cristianismo. Não era professor, porem tinha uma idéia sobre o que é educação. Ele dizia que “A verdadeira educação consiste em por a descoberto o melhor de uma pessoa. Que livro é melhor que o livro da humanidade?”

Perder de vista o ensino religioso é novamente crucificar o cristo não em um madeiro, mas numa cruz de PVC.

Texto: Acrisia Ferreira da Silva
Coordenadora da Escola de Mensageiros do GED

Um comentário:

  1. Bendita as mãos e a mente inspirada pelo espírito santo, que escreveu esse texto recheado de sabedoria divina. É preciso que nós cristãos divulguemos essa mensagem afim de que as pessoas que estão no poder repesem a decisão tomada no que se refere ao currículo escolar de nossos jovens.

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