O resultado das eleições ontem à noite, não é o fim de uma jornada. Não importa se o nosso candidato ganhou ou perdeu. O que continua em jogo é a solução dos problemas sobretudo para os mais pobres, aqueles que sempre foram os preferidos de Jesus... É apenas o início de um longo caminho a ser percorrido por todos nós, independente de credos religiosos, de orientação sexual, de cor, etinia, ideologia política.
Devemos manter um constante debate e aprofundamento das questões do nosso País, sobretudo porque somos cidadãos, cristãos, católicos e participantes de um movimento de igreja cujo carisma é evangelização dos ambientes.
Sabemos, porque aprendemos a duras penas pelo menos na teoria, que não existe dicotomia entre fé e política (esta aqui entendida no seu primeiro e único sentido: a prática do bem comum, a interferência nos problemas da comunidade para busca de soluções comuns para todos).
Acredito que nós do Movimento de Cursilho, precisamos integrar mais fé e política. Não podemos - como costumamente fazemos - em determinado momento ser cristão (dos ritos, das práticas religiosas) e em outros ser cidadãos - na maioria das vezes pregando e agindo em causa própria, em função dos nossos interesses particulares, para não perdermos privilégios.
Façamos do Evangelho a nossa plataforma para o bem comum, presente em Lucas 4, 18-19. E na sociedade em que vivemos temos todos os instrumentos necessários (as leis, o Direito, as instituições (família, educação, sindicatos, os partidos políticos, as mídias - digitais ou não -), para construir uma sociedade melhor para todo mundo.
Precisamos aprofundar o conhecimento e a prática do método VJA - método revolucionário -, que nos ajuda a encontrar caminhos para cumprir o mandato de Jesus: Ide e evangelizai todos os povos... Se evangelizarmos e por evangelização, entendo uma transformação não apenas religiosa das pessoas, mas uma transformação de valores e atitudes, visando a busca do bem comum.
Precisamos nos manter atualizados, discutindo e aprofundando questões da nossa sociedade, da nossa religião, das relações existentes entre as várias instituições. Discutir o poder da mídia como aparelho ideológico. O cidadão e sobretudo o cidadão cristão não pode diante dos fatos dizer "eu acho". Eu acho é muito pouco. E para os cristão do movimento de cursilhos é pouquíssimo. É preciso aprofundar.
Este é o meu desabafo e as minhas sugestões. Não podemos continuar sendo um movimento apático.
Beijos e deixo para todos uns versos de Mário Quintana, para a nossa reflexão:
"Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A mágica presença das estrelas!".
Célia Fonseca
Secretária do GER
Nenhum comentário:
Postar um comentário