Ai de mim se não anunciar o evagenlho

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Liberação do aborto e cegueira ideológica


 
Dr. Frei Antônio Moser
Assessor da CNBB para assuntos de Bioética

Na esteira de alguns países que confundem democracia e progresso com liberalismo total, alguns segmentos do Brasil, voltam continuamente às mesmas tônicas: "só seremos um povo progressista e saudável se liberarmos o aborto". A tônica e os argumentos são sempre os mesmos e totalmente inconsistentes sob todos os ângulos: livrar do sofrimento e eventualmente da morte tantas mulheres grávidas.

O que é difícil de entender é que este time de terceira divisão seja capitaneado por quem deveria estar buscando, por todos os meios, prestar socorro às mulheres grávidas em dificuldade e resolver tirar da humilhação milhares de doentes que passam seus dias ou em filas intermináveis ou empilhados em ambientes que por si só se constituem num atentado à vida.

Mais difícil ainda é entender a teimosia com a qual nem a manifestação clara da maioria da população contra a liberação do aborto, como mostram as pesquisas, nem a derrota dos representantes do Governo na 13ª. Conferência Nacional da Saúde, ocorrida em meados de novembro do ano passado, parecem haver sido suficientes para reconduzir estes grupos e organismos ao bom senso.

No último dia 7 de maio, o Conselho Nacional de Saúde derrubou o Projeto de Lei 1135/91, apresentado pelo governo em 2005, visando a liberação do aborto. Contagem dos votos: 33 a zero. Caso esta derrota dos partidários do aborto ainda não seja suficiente para retirarem seu time de campo, só nos resta tirarmos uma conclusão: nós nos encontramos diante de grupos acometidos por um mal muito grave e incurável que se denomina cegueira ideológica: fecham os olhos à luz dos fatos porque não querem ver, e não querem ver ou porque são tardos de inteligência ou porque alimentam interesses escusos.

Fonte: Canção Nova Notícias

sexta-feira, 21 de maio de 2010

PROGRAMAÇÃO DA II ETAPA DA ESCOLA PARA MENSAGEIROS

SÁBADO
14:30 Acolhimento- merenda Equipes
14:45 Oração na Capela Nova Fátima
15:00 Plenária Abertura apresentação dos trabalhos  - Betão
16:00 Conclusão - Acrisia / Naná
16:30 Explicação das 18 dicas - Serginho
17:30 Grupo - produção - Serginho
18:00 Plenária 2ª etapa - Serginho
19:00 Grupo - produção - Serginho
19:30 - Celebração Eucarística Padroeira da Mansão
             Plenária conclusão - Serginho
20:00 Oração da noite - Nei
20:10 Asseio corporal Todos
20:30 Jantar Todos
21;30 Momento cultural- voz e violão noite romântica
 Equipe de animação
23:30 Recolhimento Todos

DOMINGO

7:00 Oração da manhã - Santa luz
7::30 Café da manhã Todos
8:00 Plenária Todos
8:00 1ª fase psicológica e a estrutura das mensagens:
 Conhece-te, O filho pródigo, Sentido da vida, O plano de Deus, - Abelardo
10:00 Lanche Todos
10:20 Conclusão -Abelardo
11:00 Retiro pessoal Todos
11:30 Celebração - Retirolândia
12:00 Almoço Todos



“A palavra de Deus é viva, eficaz e mais penetrante do que espada”

(Hb 4,12)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Carta MCC Maio 2010

Também o Espírito vem em socorro de nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir nem como pedir;é o próprio Espírito que intercede em nosso favor com gemidos inefáveis. E aquele que penetra o íntimo dos corações sabe qual é a intenção do Espírito. Pois é sempre segundo Deus que o Espírito intercede em favor dos santos” (Rm 8, 26-27).

Meus amados irmãos e irmãs,

Neste mês de Maio, importantes comemorações acontecem na Igreja. Todas elas falam muito de perto à nossa vivência de seguidores de Jesus e membros do Povo de Deus. Entretanto, proponho que reflitamos na presente carta sobre o acontecimento fundante da Igreja, o acontecimento-Pentecostes, o acontecimento-nova efusão do Espírito Santo nos atuais “dias de Igreja”. Num momento de graves acusações contra a nossa Igreja Católica, contra o Papa Bento XVI, contra todos os sacerdotes indiscriminadamente; num momento de fuga de muitos que se diziam fiéis seguidores do Mestre, fuga motivada pelos escândalos ocasionados por tantos ministros indignos de sua missão e criminosos por suas ações, penso que devemos aprofundar o mistério de Pentecostes e, sobretudo, deixar-nos invadir pelo Espírito de Deus, por sua força, por sua sabedoria, enfim, pelos seus sete dons. Outra razão, não menos importante, é a preocupação ou, melhor, a grande esperança manifestada pelo nosso precioso Documento de Aparecida (DAp) num “Novo Pentecostes” ali citado seis vezes em distintos contextos. Preparemo-nos, pois, com muito fervor para nos deixar iluminar, aquecer, fortalecer e deixar arder o nosso coração na próxima celebração de um “novo Pentecostes”.
1.Um “novo Pentecostes” na mentalidade. Trata-se da conversão pessoal, isto é, de assumir no chão da vida, o modo de pensar de Jesus, a vida testemunhal de Jesus, o amor incondicional de Jesus até a morte de cruz. Mudar de mentalidade é “deixar arder o coração” como os discípulos de Emaús (Lc 24,32); é converter-se das vielas tortuosas e dos becos sem saída que se costuma percorrer; é converter-se das mentiras e ilusões que povoam os pensamentos; é converter-se da morte e da escuridão que nos cercam para o verdadeiro “Caminho, Verdade e Vida” (Jo 14,6). É urgente suplicar ao Espírito Santo, até com lágrimas, que transforme uma mentalidade de simples admiradores de um “ídolo” para seguidores incondicionais de um Mestre; de alunos talvez fascinados por um guru para discípulos apaixonados de Jesus; de meros expectadores passivos no seio de uma comunidade para missionários ativos e dinâmicos de uma Igreja viva e toda ela missionária também. A não ser assim, seguem alimentados pelo “fermento dos fariseus”; apáticos diante dos desafios de uma cultura de morte; conformados com o “homem velho” (cf. Ef 4,22-24) e, até, cooptados com as injustiças, o desamor, o ódio, a discriminação, etc. “O Espírito na Igreja forja missionários decididos e valentes como Pedro (cf. At 4,13) e Paulo (cf. At 13,9), indica os lugares que devem ser evangelizados e escolhe aqueles que devem fazê-lo (cf. At 13,2)” (DAp 150).Todos necessitamos, para mudar nossa mentalidade, de um poderoso “choque de novo Pentecostes”!

2.Um “novo Pentecostes” na Comunidade eclesial. Devido às dolorosas circunstâncias de sofrimento e provação pelas quais está passando nossa Santa Igreja Católica em todo o mundo, neste ano, mais do que em outras épocas, a Comunidade eclesial necessita da presença viva, da força, do discernimento e da ação transformadora do Espírito Santo. Pelo volume e intensidade destas provações, bem como pelos desafios apresentados pelo processo de globalização e de mudança de cultura, parece avolumar-se a sensação que a todos nos invade de voltarmos a ser aquele “pequeno rebanho” do qual fala Jesus aos apóstolos mas aos quais afirmava, ao mesmo tempo, que “foi do agrado do vosso Pai dar a vós o Reino” (Lc 12,32).E o DAp nos lembra este “novo Pentecostes” na Comunidade eclesial: “O Espírito Santo que atua em Jesus Cristo é também enviado a todos enquanto membros da comunidade, porque sua ação não se limita ao âmbito individual. A tarefa missionária se abre sempre às comunidades, assim como ocorreu no Pentecostes (cf. At 2,1-13).(DAp 171).E, muito oportunamente, lembra-nos a pessoa de Maria iluminada pelo Espírito Santo: “Maria é a grande missionária, continuadora da missão de seu Filho e formadora de missionários. Ela, da mesma forma como deu à luz o Salvador do mundo, trouxe o Evangelho a nossa América. No acontecimento em Guadalupe, presidiu, junto com o humilde João Diego, o Pentecostes que nos abriu aos dons do Espírito” (DAp 171).

3. Um “novo Pentecostes” nos Movimentos eclesiais. Bastam duas lembranças do DAp para concluirmos sobre a urgência de um “novo Pentecostes” nos Movimentos eclesiais. Aqui permitam-me fazer uma referência explícita ao Movimento de Cursilhos de Cristandade ao qual é sempre especialmente dirigida esta carta mensal: a) “A Igreja necessita de uma forte comoção que a impeça de se instalar na comodidade, no estancamento e na indiferença, à margem do sofrimento dos pobres do Continente Necessitamos que cada comunidade cristã se transforme num poderoso centro de irradiação da vida em Cristo. Esperamos um novo Pentecostes que nos livre do cansaço, da desilusão, da acomodação ao ambiente; esperamos uma vinda do Espírito que renove nossa alegria e nossa esperança. Por isso, é imperioso assegurar calorosos espaços de oração comunitária que alimentem o fogo de um ardor incontido e tornem possível um atrativo testemunho de unidade “para que o mundo creia” (Jo 17,21) (DAp. 362); b) “Seria conveniente incentivar a alguns movimentos e associações que mostram hoje certo cansaço ou fraqueza e convidá-los a renovar seu carisma original, que não deixa de enriquecer a diversidade com que o Espírito se manifesta e atua no povo cristão” (DAp 311).

4. Um “novo Pentecostes” na ação missionária da Igreja-Povo de Deus. Nenhuma palavra mais eloqüente, nenhuma expressão mais urgente, nenhum apelo mais oportuno sobre a necessidade de um “novo Pentecostes” do que este que conclui o DAp. Se foi assim no ano da V Conferência, em 2007, hoje é, para dizer o menos, “dramático”! Já com sabor e calor de Pentecostes, com ele encerro esta carta:“Esta V Conferência, recordando o mandato de ir e fazer discípulos (cf. Mt 28,20), deseja despertar a Igreja na América Latina e no Caribe para um grande impulso missionário. Não podemos deixar de aproveitar esta hora de graça. Necessitamos de um novo Pentecostes! Necessitamos sair ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Cristo, que tem preenchido nossas vidas de “sentido”, de verdade e de amor, de alegria e de esperança! Não podemos ficar tranquilos em espera passiva em nossos templos, mas é imperativo ir em todas as direções para proclamar que o mal e a morte não tem a última palavra, que o amor é mais forte, que fomos libertos e salvos pela vitória pascal do Senhor da história, que Ele nos convoca na Igreja, e quer multiplicar o número de seus discípulos na construção de seu Reino em nosso Continente! Somos testemunhas e missionários: nas grandes cidades e nos campos, nas montanhas e florestas de nossa América, em todos os ambientes da convivência social, nos mais diversos “lugares” da vida pública das nações, nas situações extremas da existência, assumindo ad gentes nossa solicitude pela missão universal da Igreja” (DAp 548).

A todos deixo um caloroso apelo fraterno: que durante a preparação e no dia de Pentecostes deste ano, vamos insistir junto ao Espírito Santo que, como outrora a Maria e aos apóstolos, “envie línguas de fogo” inundando a cada um de nós, discípulos missionários e a toda Igreja com seus sete dons: sabedoria, inteligência, conselho, ciência, fortaleza, piedade e temor de Deus.

Para as mães que lerem estas linhas, desejo um feliz “Dia das Mães” (segundo domingo de maio) e a todos que, no dia de Pentecostes, possamos ouvir que “vem do céu um ruído como que de um vento forte” para impelir-nos à missão evangelizadora!



Pe. José Gilberto Beraldo
Assessor Eclesiástico Nacional
E-mail: beraldomilenio@uol.com.br